A nossa história começou dia 17 de outubro de 2009, quando o casal Carina e Samuel embarcaram em um ônibus bate-volta para fazer compras em São Paulo. Na bagagem levavam apenas o dinheiro da passagem, da comida e duzentos reais para comprar mercadorias. Os duzentos reais encheram uma pequena necesser com  brincos, colores, presilhas e pulseiras, tudo com muito brilho.
A pequena maleta tornou-se a grande parceira de Carina, que a levava consigo oferecendo aos amigos e parentes. As peças venderam rápido e no mês seguinte, com capital dobrado também comprou bolsas e outros acessórios.
Aos poucos a pequena necesser virou uma mala de carrinhos que agora também era cheia de roupas e  arrastada pelas portas de fábricas, consultórios, supermercados e salões de beleza, fazendo clientes e cultivando amizades.
Quando os sonhos já não cabiam mais nas malas e no fiat uno, que também foi adquirido com o capital das vendas, o casal abriu sua primeira loja. Por obra do destino também em outubro, mas agora no de 2013. A proposta era vender roupas de qualidade e de preço acessível para mulheres de todos os tamanhos da cidade de Botucatu e região. Não demorou muito para que o atendimento fizesse sucesso e a loja crescesse tornando aquele espaço pequeno.
Em março de 2015, a loja mudou para o endereço atual, e pôde atender melhor e um numero maior de clientes. Todavia, também aumentaram os desafios, e a necessidade de fornecedores, que vendessem peças de qualidade com diversidade de tamanho e preço acessível , isso fez nascer um novo sonho: a marca própria DiCari.
E por que não?
Foi em uma consultoria no Sebrae, que a ideia tomou forma, e por meio de um mapa mental um plano de ação que incluía muita pesquisa e estudo, como curso de modelagem, aulas particulares de costura, e intermináveis vídeos no youtube. Como Carina cuidava da loja foi Samuel que executou maior parte dos cursos, um espanto para professora Maria de Carvalho, que lembra quando Carina ligou para marcar a primeira aula, mas quem pareceu para fazer foi Samuel, ela achava improvável um homem costurando, mas a persistência e perfeccionismo de Samuel surpreenderam não só a professora, como também, a as clientes da loja com peças que tinham um caimento invejável.
As primeiras máquinas foram alojadas na apertada lavanderia da casa do casal, era muita vontade de fazer roupas, que colocavam uma tábua em cima do fogão para transformar a ilha da cozinha em uma mesa de corte. Em setembro de 2016, alugaram uma sala de vinte metros quadrados e em dezembro do mesmo ano a primeira “grande remessa” de peças foram confeccionadas, quase duzentas peças da marca foram vendidas na loja própria naquele mês. O processo era quase artesanal, pois após selecionarem os modelos, faziam a modelagem manualmente, graduavam os tamanhos, esticavam, riscavam, cortavam, e depois, enviavam para costureiras locais para que fosse feito o fechamento e acabamento da peça. Quando retornava, eles mesmo conferiam, etiquetavam, embalavam. Processo a processo tudo passava pelas mãos dos casal, que eram movidas pelo sonho de vestir bem mulheres e fazer da DiCari uma marca com designer e qualidade. Carina também provava tudo e tirava as fotos com as peças e as postava nas redes sociais.

As clientes logo se identificavam, pois Carina era uma mulher comum, era baixa, com quadril e culotes . ao provarem as peças na loja as clientes também opinavam sobre melhorias na peça, davam sugestões, que transformavam aquela peça de roupa em algo ainda mais confortável. 
E assim a DiCari foi construída, ouvindo os conselhos de técnicos experientes,  a opinião de quem veste a roupa, , promovendo a economia local por meio da terceirização com costureiras autônomas  e pela mãos de quem quer fazer mais que peças de roupa, fazer mulheres de todos os tamanhos se sentirem bem consigo mesmas.